No seu número mais recente, em que os Smiths têm honras de capa, a revista Mojo publica uma lista com os 50 discos mais marcantes da cena independente do Reino Unido. Sem se limitar a um formato específico, e dando a primazia a primeiras obras, as cinquenta escolhas da publicação britânica são, como sempre, discutíveis. Por estes lados, foram notadas com alguma surpresa, não só as ausências de Prefab Sprout, A.R. Kane e Talulah Gosh, como as posições modestas ocupadas por Aztec Camera e The Wedding Present. Ainda assim, a lista poderá ser um óptimo guia de pesquisa para iniciados.
Sem querer ser demasiado exaustivo, deixo-vos uma listagem dos vinte primeiros:
Sem querer ser demasiado exaustivo, deixo-vos uma listagem dos vinte primeiros:
1. The Smiths This Charming Man (1983)
2. The Jesus And Mary Chain Psychocandy (1985)
3. Orange Juice You Can't Hide Your Love Forever (1982)
4. The Fall How I Wrote 'Elastic Man' (1980)
5. My Bloody Valentine You Made Me Realise (1988)
6. Joy Division Transmission (1979)
7. Arctic Monkeys I Bet You Look Good On The Dancefloor (2005)
8. The La's There She Goes (1990)
9. The Stone Roses The Stone Roses (1989)
10. Primal Scream Crystal Crescent/Velocity Girl (1986)
11. Felt Forever Breathes The Lonely Word (1986)
12. Subway Sect Ambition (1978)
13. The House Of Love Destroy The Heart (1988)
14. Belle & Sebastian Tigermilk (1996)
15. Echo & The Bunnymen Crocodiles (1980)
16. Wire Outdoor Miner (1979)
17. Teenage Fanclub Everything Flows (1990)
18. Lloyd Cole & The Commotions Rattlesnakes (1984)
19. This Mortal Coil Song To The Siren (1983)
20. Spacemen 3 Revolution (1988)
Para além de uma contextualização sucinta de cada disco, a Mojo oferece ainda aos seus leitores um excelente CD-compilação que capta eficazmente o espírito da coisa. Entre os 15 temas apresentados, podemos encontrar pequenos tesouros como "The Revolutionary Spirit" (The Wild Swans), "Up The Hill And Down The Slope" (The Loft), ou "Penelope Tree" (Felt). Ou ainda este, da banda que serviu de tubo de ensaio aos Stereolab:
McCarthy "Keep An Open Mind, Or Else" (Midnight Music, 1989)
4 comentários:
Certamente que poderia haver outras escolhas, e a ordenação poderia ser outra, mas felizmente que ainda dedicam tempo a recordar uma epoca onde se realizaram muitas das experiencias que iriam abrir portas para o futuro.
Uma decada muito minimizada - os 80 - e de uma importância fundamental, pelo menos para mim. :-)
Abraço
Uma coisa que me irrita um bocado na imprensa musical inglesa é a falta de sentido do "hype", ou melhor, o não terem a noção da falta de distância e do sentido crítico que só ela pode trazer.
Podemos gostar mais ou menos dos Arctic Monkeys (eu não sou um incondicional), mas caraças... em 7º lugar????? à frente de Stone Roses, Echo, Primal Scream, Lloyd Cole, Cocteau Twins ou Suede (estes 2 estranhamente fora do top20)??? Confesso que isso me faz muita confusão!
Vou comprar agora a Mojo, se já estiver disponível no estaminé. Abraços
Meu caro:
Como irás reparar, os Suede e os Cocteau nem sequer constam dos 50. Pelo menos no 1.º caso também não compreendo a ausência, tendo em conta que as escolhas terão sido feitas pela importância histórica de cada disco. Como também não compreendo a ausência de "Live forever" dos Oasis, mesmo atendendo a que o britpop ditou a morte do indie (como de resto é defendido no artigo da Mojo).
Em suma, parece-me que as escolhas recaíram predominantemente na "linha dura" do indie, o que poderá justificar alguma coisa.
Abraços
Pois... mais uma razão para estranhar o 7º lugar dos macacos. Mas lá está: tal como as rosas, a list is a list is a list is a list :)
Abraço
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