"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

AO VIVO #11

The Raveonettes @ Santiago Alquimista, 20/02/2008

Ecos vindos de terras nortenhas já me tinham alertado para a indisponibilidade vocal de Sune Rose Wagner, o rapaz que envergava uma t-shirt dos Atari Teenage Riot (?) e que é também o compositor dos RAVEONETTES. Ao fim de uma hora e pouco de espectáculo, em que Sharin Foo assumiu em exclusivo (e em grande estilo) as vocalizações, já poucos dos presentes no Alquimista lamentariam esse facto.
Dando óbvio destaque ao recente Lust Lust Lust, a dupla (ao vivo expandida a trio) dinamarquesa apresentou aquilo que se pode designar como um alinhamento de antologia. Do último disco apresentaram todos os seus melhores temas: "Dead Sound", "The Beat Dies" e "You Want The Candy". Dos anteriores registos não faltaram os quase-clássicos "Attack Of The Ghost Riders", "The Great Love Sound" e "Love In A Trashcan", com este último a gerar alguma agitação na assistência. Já a caminhar para o seu final, o concerto teve um dos grandes momentos, com uma versão do excelente "French Disko", dos estimáveis Stereolab. Para o mini-encore estava reservado "Twilight", o melhor tema do fraquinho Pretty In Black.
Em palco, o aparato cénico é reduzido ao essencial: duas guitarras e percussão mínima, Sune compenetrado, Sharin comunicativa q.b.. O arsenal de pedais e alguns apontamentos sintéticos fazem o resto.
Podia ainda dizer que os Raveonettes tresandam a Jesus & Mary Chain da fase Psychocandy, mas isso já não constitui novidade para ninguém. Mas também podia acrescentar que por aqui não moram a atitude punky e a postura down que caracterizaram a mítica banda escocesa. Com estes dinamarqueses a boa-disposição é palavra de ordem. E com esta atitude também se podem proporcionar óptimos concertos.

1 comentário:

O Puto disse...

Esse último parágrafo define tudo.