Lydia Lunch + Flanela de Tal, 15/02/2008 @ ZdB
Com uma carreira que já ultrapassou as três décadas, e hoje fora dos radares mediáticos, LYDIA LUNCH tem ainda o raro dom de confrontar o seu público.
Foi precisamente isso que aconteceu no passado sábado. Com um espectáculo baseado no último trabalho em disco - Ghosts Of Spain - a artista nova-iorquina agora radicada em Barcelona apresenta uma cruel dissertação sobre a luta incessante pelas liberdades pessoais. Tendo como ponto de partida as memórias da Guerra Civil Espanhola, Lunch incita à libertação, seja das forças opressoras externas, seja dos demónios interiores de cada um de nós. A ponte para a actualidade fá-la por via das referências a algumas questões mais melindrosas do mundo actual: Guantamano, Kabul, Darfur, Baghdad, Palestina...
Em palco, apenas a performer e dois microfones. Ora em tom narrativo, ora em diálogo, como se de um livro se tratasse, a força das palavras ditas é exponenciada pelas imagens projectadas numa tela. A acompanhar o registo spoken word, um discreto suporte musical - gravado - que vagueia entre o vaudeville e um proto-jazz para caves bafientas.
No último tema, sobre os violadores "oportunistas" em cenário de guerra, o chorrilho de palavrões fez soltar algumas gargalhadas, inclusive entre o público feminino.
Incisivo, desafiante, perturbador... mas não para todos, está visto.
Antes da lenda viva, passaram pelo palco da ZdB uns tais de Flanela de Tal. A quem não viu, posso afiançar que são piores do que o nome possa fazer supor. À falta de melhor, digamos que conseguiram provar que não é Daniel Johnston ou Butthole Surfers quem quer. Ah pois, que o grotesco também tem a sua arte!
Foi precisamente isso que aconteceu no passado sábado. Com um espectáculo baseado no último trabalho em disco - Ghosts Of Spain - a artista nova-iorquina agora radicada em Barcelona apresenta uma cruel dissertação sobre a luta incessante pelas liberdades pessoais. Tendo como ponto de partida as memórias da Guerra Civil Espanhola, Lunch incita à libertação, seja das forças opressoras externas, seja dos demónios interiores de cada um de nós. A ponte para a actualidade fá-la por via das referências a algumas questões mais melindrosas do mundo actual: Guantamano, Kabul, Darfur, Baghdad, Palestina...
Em palco, apenas a performer e dois microfones. Ora em tom narrativo, ora em diálogo, como se de um livro se tratasse, a força das palavras ditas é exponenciada pelas imagens projectadas numa tela. A acompanhar o registo spoken word, um discreto suporte musical - gravado - que vagueia entre o vaudeville e um proto-jazz para caves bafientas.
No último tema, sobre os violadores "oportunistas" em cenário de guerra, o chorrilho de palavrões fez soltar algumas gargalhadas, inclusive entre o público feminino.
Incisivo, desafiante, perturbador... mas não para todos, está visto.
Antes da lenda viva, passaram pelo palco da ZdB uns tais de Flanela de Tal. A quem não viu, posso afiançar que são piores do que o nome possa fazer supor. À falta de melhor, digamos que conseguiram provar que não é Daniel Johnston ou Butthole Surfers quem quer. Ah pois, que o grotesco também tem a sua arte!
4 comentários:
O "concerto" de uma entrada na vida adulta. Abraço.
Ah pois! A idade não perdoa...
Abraço
Perdi, que merda!
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