"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ALL IS FULL OF LOVE

LOVE
Forever Changes (Elektra, 1967)

Passam neste mês de Novembro 40 anos desde a edição de Forever Changes, a obra-prima dos californianos LOVE e presença habitual nos lugares cimeiros das listas dos "melhores de sempre", ombreando com discos da magnitude de Revolver, Pet Sounds, ou Marquee Moon.
Obra maior do psicadelismo west coast, Forever Changes é o momento alto da carreira desta banda que soube marcar a diferença em relação aos seus pares: por contraponto ao folk rock dos Byrds, ou à pseudo-poesia cerimonial dos Doors, os Love produziam gemas pop onde, não raras vezes, os sopros mariachi davam um ar da sua graça.
Falar de Forever Changes é falar de Arthur Lee, anti-hippy assumido, figura carismática e conturbada até ao momento da sua morte há pouco mais de um ano que, com voz aveludada, entoava letras de um beleza extrema onde as referências sexuais eram uma constante. Além de frontman da banda, era também o seu principal compositor. Quis o destino que "Alone Again Or", uma das duas composições do guitarrista Bryan MacLean incluídas em Forever Changes, se tornasse a canção mais conhecida dos Love. No entanto, podem aqui encontrar motivos de sobra para a santificação de Arthur Lee enquanto compositor e intérprete: "A House Is Not A Motel", "Andmoreagain", "The Red Telephone", "You Set The Scene", e... todas as outras!
É para definir discos deste calibre que existe o adjectivo perfeito. A melhor forma de comemorar Forever Changes é ouvindo-o vezes sem conta. Durante a audição, apaguem a luzes e imaginem-se na imensidão de um deserto a contemplar o firmamento...

5 comentários:

aalavic disse...

...a rodar no meu chiba desde há 2 meses...muito, muito bom!

Joe disse...

Um dos meus discos sagrados. "A house is not a motel" é das coisas mais extraordinárias jamais compostas.

Shumway disse...

*****
Um disco perfeito.
Mais uma vez, em plena sintonia.
E primeiro... :)
Abraço

Carlos Vilafanha disse...

Há uns anos estiveram no Festival do Sudoeste e o Arthur Lee não veio pois ficou detido no aeroporto, salvo erro nos EUA, na alfandega. Foi uma desilusão. Os Love acabaram por dar o concerto mas não foi a mesma coisa.
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http://toxicidades.blogspot.com

Rui Carvalho disse...

PARABENS PELO TEU BLOG.TAMBEM GOSTO MUITO DO LOVE E DOS TELEVISION.ALIAS TENHO OS DOIS DISCOS.PODES VISITAR O MEU BLOG RUIMSC.BLOGSPOT.COM