JACK BRUCE
[1943-2014]
Ontem, sábado dia 25 de Outubro, o Panteão do Rock registou a entrada do músico escocês Jack Bruce. Tinha 71 e pereceu de doença hepática.
Com uma carreira activa ao longo de meio século, o principal papel ocupado por Bruce na História Rock foi como principal vocalista e baixista dos efémeros mas influentes Cream, nos quais coabitava como o guitarrista Eric Clapton e o baterista Ginger Baker. O embrião para esta espécie de super-grupo, imortalizado como o paradigma do power-trio, foram os Powerhouse, um projecto de vida breve que, além de Bruce e outros elementos, incluía Clapton e o vocalista Steve Winwood. Durante escassos dois anos de existência, recheados de convulsões internas, os Cream deixaram registados quatro álbuns. De todos, o destaque obrigatório é para a obra-prima Disraeli Gears (1967), autêntico tratado da fusão blues-rock com psicadelismo em voga à época em que também Jimi Hendrix agitava as mesmas águas.
Depois do fim dos Cream, em 1968, quando o trio entendeu que tinha chegado a um ponto de estagnação criativa, Jack Bruce iniciou uma carreira a solo que rendeu inúmeros álbuns, o último já deste ano. Participou também num número considerável de colaborações, sobretudo afiliadas dos blues, mas também numa vastidão de géneros que vai do jazz à música erudita. Músico com formação clássica, dominava ainda outros instrumentos como o piano ou o violoncelo. No entanto, é como baixista que ficará recordado como um dos mais notáveis e influentes do universo rock.
[Reaction, 1967]
[Polydor, 1968]
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