"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 8 de abril de 2010

R.I.P.

MALCOLM McLAREN
[1946-2010]

Malcolm McLaren sucumbiu hoje a uma forma rara de cancro. Tinha 64 anos de idade.
Iniciado no mundo do showbiz através da moda, McLaren teve a primeira incursão no universo musical quando rumou aos Estados Unidos, onde concebeu as roupas e foi fugazmente agente dos já decadentes New York Dolls. Da breve experiência americana trouxe notas para um plano ambicioso. De volta a Inglaterra, tornou-se manager, porta-voz e, segundo o próprio, ideólogo, dos Sex Pistols, símbolo maior do rastilho punk que mudou irreversivelmente o curso da música popular dos últimos 35 anos. A ligação aos Pistols terminou em escassos meses e de forma quezilenta. Antes de se aventurar em nome próprio, em discos que vagueiam pelo hip-hop, pelas electrónicas, e pelo muzak, McLaren ainda teve tempo para gerar novas ondas de choque como conspirador por detrás dos Bow Wow Wow, banda com letras de teor sexual explícito na qual pontificava a adolescente Annabella Lwin.
Visionário astuto, mas também controverso, desbocado, e controlador, McLaren assegurou, por direito próprio, um lugar na História. Depois da experiência amarga com os Pistols, um Johnny Rotten inflamado de ressentimento, e agora rebaptizado de John Lydon, dirigia-se-lhe nestes termos no primeiro single da sua nova banda:

"Two sides to every story
Somebody had to stop me
I'm not the same as when I began
I will not be treated as property" 


Public Image Ltd. "Public Image" [Virgin, 1978]

2 comentários:

João Passos disse...

RIP Malcom :)

Re-Rebaptizado John Lydon, diria eu, pois é esse o seu nome :P

A ligação aos Pistols terminou, como terminaram os próprios Pistols. Eles foram mesmo, nas tuas palavras, o rastilho máximo, mas duraram tão pouco.

M.A. disse...

Isso, re-rebaptizado. Foi o tempo suficiente para mudarem definitivamente o espectro musical. E ainda bem!