Em 2001, com o primeiro longa duração, foram pioneiros na recuperação das linguagens post-punk que ainda ditam regras neste início de século, algo que levou críticos acéfalos a querer "vendê-los" como parte da então emergente praga electroclash. Para desfazer equívocos, o incompreendido e negro They Were Wrong, So We Drowned (2004) operam uma transformação radical, roçando as fronteiras do industrial e do puro devaneio experimental. Depois, a avidez da mudança levaria-os a exercício em volta da percussão que é Drum's Not Dead (2006), e até a flirts com a estrutura da canção pop, facção fuzz, no disco homónimo de 2007.
Em inícios de Março, os Liars regressam com Sisterworld, e fazem-se já apostas sobre o actual estádio evolutivo da banda. A ponta do véu é levantada por "Scissor" (mais abaixo), tema que nos remete para a caça às bruxas do mal amado segundo registo, com Angus Andrew, qual Nick Cave de outras eras, a assumir a sua faceta mais cavernosa antes da entrada em cena das guitarras fustigadoras. A pergunta é: será que é desta que os Liars assentam numa estética já explorada? Eu não estaria muito seguro de uma resposta afirmativa, mas...
"Scissor"
[Mute, 2010]
3 comentários:
Estes gajos têm sempre surpreendido. Estou com expectativas.
Na minha modesta opinião, são a banda mais influente da década que terminou. Se não forem, andam lá perto.
Abraço.
Do que ouvi não gostei muito. Vamos aguardar...
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