"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Singles Bar #39


BLUR
For Tomorrow
[Food, 1993]












He's a twentieth century boy
With his hands on the rails
Trying not to be sick again
And holding on for tomorrow
London ice cracks on a seamless line
He's hanging on for dear life
So we hold each other tightly
And hold on for tomorrow

Quando apareceram, há quase vinte anos, os Blur eram uma banda hesitante entre abraçar o vaga shoegazer da ordem, ou apanhar o comboio baggy já em trajectória descendente. Já no segundo álbum, o menosprezado Modern Life Is Rubish, eliminaram qualquer traço de insegurança, assumindo uma bem marcada identidade que conheceria novos desenvolvimentos no fulgurante Parklife (1994). Ainda longe dos holofotes da fama, é este o primeiro manifesto de Damon Albarn como o Ray Davies para o fim de século, com uma visão saudosista de uma Inglaterra que, a ter existido, desapareceu para sempre. A servir de prenúncio a esse disco de viragem, "For Tomorrow" é a primeira tirada de reflexão sobre a sociedade britânica que conhecemos aos Blur. Sob a capa da melodia irresistivelmente orelhuda e do refrão pejado de la la las esconde-se o sarcasmo contundente que caracteriza muitos dos súbditos de Isabel II. Contrariando o tom de desencanto da canção, o vídeo promocional mostra-nos o de mais idílico resta ainda na gigantesca metrópole londrina.

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