"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ao vivo #33















Damon & Naomi + Noiserv @ ZdB, 16/01/2009

Com uma sala relativamente composta por saudosistas dos Galaxie 500 (G500), a mítica banda que deu notoriedade ao casal, Damon & Naomi iniciaram o concerto com uma versão do clássico "Song To The Siren" (segundo o ser eucarionte ao meu lado, uma cover dos This Mortal Coil...). Sem ser brilhante, este terá sido o momento alto de um concerto que se prolongou de forma tímida, descolorida e algo enfadonha. Longe vão os tempos da melancolia pueril herdada da banda precedente que marcaram More Sad Hits, o primeiro ábum após a dissolução dos G500. No tempo presente, a dupla parece mais apostada em revisitar alguns tiques da folk britânica de finais de sessentas, sobretudo nas (poucas) canções interpretadas por Naomi Yang. Poucas porque, ainda assim, a senhora consegue imprimir algum brilho, por contraponto ao tom monocórdico das canções com voz do marido Damon Krukowsi, outro que não deveria ter saído de detrás de uma bateria (olá Dave Grohl!). Uma noite para mais tarde não recordar, mas que em nada abala a minha imensa paixão pela música dos G500.

Antes do duo bostoniano, a audiência da ZdB foi brindada com a música de Noiserv, one man project de David Santos, em camapanha de produção ao seu álbum de estreia. Nas canções melancólicas do jovem cantautor pressentem-se influências que vão de Badly Drawn Boy a Tom Waits, e até alguns parentescos com alguns projectos apadrinhados pela portuense Bor Land. Na maioria dos casos, os temas acusam ainda alguma inexperiência, sobretudo na ausência de uma linha melódica condutora. Um pequeno senão que, estou certo, será suprimido com o tempo. Tal como alguns indejáveis maneirismos de um outro David, o Fonseca...

1 comentário:

Anónimo disse...

A performance do rapaz da primeira parte no início pareceu-me bastante interessante depois, confesso, começou a parecer-me demasiado ingénuo e semelhante, deixou de me cativar a atenção e entreguei-me à divagação... Mas, ainda assim, acho que foi uma actuação simpática.

Quanto à dupla que me levou à ZdB, o caso muda de figura. O Sr. D.K. canta mal e num registo aborrecido, monocórdico, difícil de suportar e, ainda por cima, canta muitas vezes... A esposa, como bem dizes, imprimiu algum brilho à actuação mas nunca conseguiu afastar de mim a sensação de estar a ouvir uma pastorinha...
Enfim, chatos como a potassa!

Há noites assim, em que se sai de um concerto com a certeza de que não valeu os míseros €8 do bilhete... Ou então, sou eu que tenho mau feitio.