It's A Shame About Ray (Atlantic, 1992)
Durante os primeiros anos, os LEMONHEADS eram (injustamente) vistos por muitos como uma versão light dos conterrâneos (de Boston) Dinosaur Jr. Por alturas de Lovey (1990), o seu primeiro disco para uma multinacional, deram o primeiro passo na exploração de um fórmula ganhadora, uma espécie de híbrido punk-power-pop. Dois anos depois, com It's A Shame About Ray, essa fórmula surgia aprimorada.
Após a entrada a matar com a acelerada "Rockin Stroll", somos assaltados por uma sequência de três temas altamente catchy, perto da perfeição pop: "Confetti", o tema-título, e "Rudderless". De forma ingénua, "Alison's Starting To Happen" conta a história de uma rapariga cuja vida mudou com a descoberta do punk rock, enquanto o controverso "My Drug Buddy" relata a satisfação de se partilhar experiências de drogas com um ser do sexo feminino. Este último tema, e outros, como "The Turnpike Down" e "Hanna & Gabi, são assomos de um certo folk rock que os Lemonheads viriam a desenvolver futuramente com os resultados que se conhece.
Elemento não de somenos importância na excelência da dúzia de canções que compõem It's A Shame..., é a VOZ quente se segura de Evan Dando, aqui e ali coadjuvado pela tom doce da baixista (e namorada na altura) Juliana Hatfield, a reforçar uma certa ingenuidade reinante.
Em edições posteriores, não se sabe se como forma a tornar o disco mais apetecível, ou mais longo (a edição original tinha menos de meia hora de duração), a editora optou por acrescentar a versão orelhuda do clássico "Mrs. Robinson" ao alinhamento que, por acaso, até nem é uma das melhores versões que os Heads fizeram...
Considerados pela massa crítica underground demasiado poppy, e demasiado obscuros para o mainstream, os Lemonheads de 1992 posicionavam-se numa espécie de limbo. No entanto, quinze anos depois, It's A Shame... continua a exalar uma frescura juvenil que contagia.
Após a entrada a matar com a acelerada "Rockin Stroll", somos assaltados por uma sequência de três temas altamente catchy, perto da perfeição pop: "Confetti", o tema-título, e "Rudderless". De forma ingénua, "Alison's Starting To Happen" conta a história de uma rapariga cuja vida mudou com a descoberta do punk rock, enquanto o controverso "My Drug Buddy" relata a satisfação de se partilhar experiências de drogas com um ser do sexo feminino. Este último tema, e outros, como "The Turnpike Down" e "Hanna & Gabi, são assomos de um certo folk rock que os Lemonheads viriam a desenvolver futuramente com os resultados que se conhece.
Elemento não de somenos importância na excelência da dúzia de canções que compõem It's A Shame..., é a VOZ quente se segura de Evan Dando, aqui e ali coadjuvado pela tom doce da baixista (e namorada na altura) Juliana Hatfield, a reforçar uma certa ingenuidade reinante.
Em edições posteriores, não se sabe se como forma a tornar o disco mais apetecível, ou mais longo (a edição original tinha menos de meia hora de duração), a editora optou por acrescentar a versão orelhuda do clássico "Mrs. Robinson" ao alinhamento que, por acaso, até nem é uma das melhores versões que os Heads fizeram...
Considerados pela massa crítica underground demasiado poppy, e demasiado obscuros para o mainstream, os Lemonheads de 1992 posicionavam-se numa espécie de limbo. No entanto, quinze anos depois, It's A Shame... continua a exalar uma frescura juvenil que contagia.
Videoclip de "It's A Shame About Ray", no qual Johnny Depp e Faye Dunaway são presenças de vulto.
3 comentários:
esta agora soube mesmo bem!
Soube mesmo. Grande disco! E soa mesmo a uma frescura juvenil.
Grande recordação.
A obra-prima do Dando.
Abraço
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