"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

AO VIVO #9

Club Heineken Paredes de Coura @ Teatro Sá da Bandeira

Para além da degustação de uma excelente francesinha, e do agradável convívio com alguns camaradas bloguistas, a deslocação à Invicta no passado sábado, com "bilhete de ida-e-volta" em apenas 14 horas, rendeu também dois excelentes concertos. Fiquem a saber o porquê nas linhas que se seguem

Tunng

Após audições repetidas de alguns temas avulsos deste sexteto londrino, fiquei com a impressão de que, em palco, este estranho casamento entre folk e electrónica poderia revelar algumas fragilidades. Puro engano. Em palco, a música dos Tunng ganha força, a parte orgânica sobressai e os vocalistas (quatro ao todo, muitas vezes em simultâneo) desenham harmonias de puro deleite. Com estes ingredientes, devidamente condimentados com os subtis (e bizarros) apontamentos electrónicos criam uma atmosfera de vibrações positivas, profundamente enraizadas num certo mundo mágico típico da folk britânica (há até uma canção sobre pessoas que se transformam em coelhos). Uma agradável surpresa para a maioria dos (poucos) convivas.

Sons and Daughters

Apesar do avançado da hora, por altura da subida ao palco da principal atracção deste 1.º CHPdC a sala do Sá da Bandeira apresentava já uma mole humana considerável. Com o público na mão desde o primeiro segundo, os S&D apresentaram um alinhamento irrepreensível onde, para além dos inúmeros temas dos dois registos anteriores (com as maiores ovações a pertencerem obviamente a "Johnny Cash" e "Dance Me In"), houve também lugar para a apresentação de diversos temas de This Gift, o novo álbum com edição prevista para o mês que vem. Nos novos temas, onde pontificam os singles, já bem conhecidos dos presentes, "Gilt Complex" e "Darling", nota-se que, o vermelho e o negro que marcaram o passado o passado da banda escocesa, deram lugar a tons glomourosos que auspiciam altos vôos num futuro próximo.
Música à parte, é também interessante reparar que cada um dos quatro elementos dos S&D revela em palco uma postura própria, com um carisma bem vincado. Neste particular, um especial destaque à insinuante vocalista Adele Bethel, mesmo tendo em conta que os calções diminutos revelem alguma celulite que já exige cuidados. Mas isso, são pormenores de somenos importância numa noite quase perfeita...

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