SUEDE
We Are The Pigs (Nude, 1994)
Well the church bells are calling
Police cars on fire
And as they call you to the eye of the storm
All the people say "Stay at home tonight"
I say we are the pigs, we are the swine
We are the stars of the firing line
Se o álbum homónimo de estreia (e em particular o tema "So Young") já tinha sido motivo de um enorme fascínio, "We Are The Pigs", o single que anunciava o mal-amado Dog Man Star, foi o momento da rendição absoluta.
Tendo-se tornado no espaço de pouco mais de um ano o maior fénomeno da década, até então, na pop britânica, em 1994, os Suede atravessavam uma fase de ressaca, com tensões crescentes entre Brett Anderson e Bernard Butler (letras e música, respectivamente).
Com uma orientação mais rock já prenunciada pelo tema-título do EP Stay Together, e deixando para trás a aura neo-glam que os tinha catapultado para o estrelato, "We Are The Pigs" revelava uma certa consciência política até então desconhecida. Através de uma magnífica performance vocal, Brett Anderson debitava uma letra prenhe daquela "raiva doce" carregada de ironia, tão carecterística de Mr. Steven Patrick Morrissey. O final com a frase "We will watch them burn" chega mesmo a ser paradigmático (na versão incluída no álbum esta parte ganha contornos de crueldade, com a frase entoada por um coro infantil acompanhado do carpir de uma fogueira).
No campo estritamente técnico, ainda uma palavra de elogio para o excelente trabalho na produção de Ed Buller que, chamando para a linha da frente os principais recursos dos Suede, quase consegue fundir numa só a voz de Anderson e a guitarra de Butler.
E como as grandes canções exigem grandes vídeos, "We Are The Pigs" foi merecedor de uma verdadeira super-produção de forte inspiração orwelliana, onde a carga de violência exibida valeu o veto da MTV. Curiosamente, o vídeo apresentava já Richard Oakes como novo membro dos Suede, em substituição do "desertor" Bernard Butler.
We Are The Pigs (Nude, 1994)
Well the church bells are calling
Police cars on fire
And as they call you to the eye of the storm
All the people say "Stay at home tonight"
I say we are the pigs, we are the swine
We are the stars of the firing line
Se o álbum homónimo de estreia (e em particular o tema "So Young") já tinha sido motivo de um enorme fascínio, "We Are The Pigs", o single que anunciava o mal-amado Dog Man Star, foi o momento da rendição absoluta.
Tendo-se tornado no espaço de pouco mais de um ano o maior fénomeno da década, até então, na pop britânica, em 1994, os Suede atravessavam uma fase de ressaca, com tensões crescentes entre Brett Anderson e Bernard Butler (letras e música, respectivamente).
Com uma orientação mais rock já prenunciada pelo tema-título do EP Stay Together, e deixando para trás a aura neo-glam que os tinha catapultado para o estrelato, "We Are The Pigs" revelava uma certa consciência política até então desconhecida. Através de uma magnífica performance vocal, Brett Anderson debitava uma letra prenhe daquela "raiva doce" carregada de ironia, tão carecterística de Mr. Steven Patrick Morrissey. O final com a frase "We will watch them burn" chega mesmo a ser paradigmático (na versão incluída no álbum esta parte ganha contornos de crueldade, com a frase entoada por um coro infantil acompanhado do carpir de uma fogueira).
No campo estritamente técnico, ainda uma palavra de elogio para o excelente trabalho na produção de Ed Buller que, chamando para a linha da frente os principais recursos dos Suede, quase consegue fundir numa só a voz de Anderson e a guitarra de Butler.
E como as grandes canções exigem grandes vídeos, "We Are The Pigs" foi merecedor de uma verdadeira super-produção de forte inspiração orwelliana, onde a carga de violência exibida valeu o veto da MTV. Curiosamente, o vídeo apresentava já Richard Oakes como novo membro dos Suede, em substituição do "desertor" Bernard Butler.
Uma recordação de um tempo glorioso que não se repetirá. Ao revisitar este tema para a feitura deste post senti um daqueles arrepios na espinha...
Vídeo de "We Are The Pigs"
Vídeo de "We Are The Pigs"
5 comentários:
Apesar de na minha humilde opinião não ser tão homogeneamente excelente como o 1º, este disco é criminosamente subvalorizado, e continua a estar muitíssimos furos acima da média de então e de agora. Qualquer aspirante a popstar venderia o polegar direito e os quatro dentes incisivos por coisas como esta pérola, o The heroine, o New generation ou a inadjectivável The wild ones, uma das minhas canções preferidas de sempre.
O Coming up é um disco com várias canções muito boas (ouvir o Trash em público faz-me ter comportamentos pouco dignos), mas já soa a uma banda diferente. O Head Music foi o princípio do fim (apesar de também ter os seus momentos), e o A new morning é música para fazer indie-aeróbica.
Tempos gloriosos, indeed... :)
Abraço
Belas palavras Joe! Eu não diria melhor.
É claro que com o tempo o 1.º álbum tornou-se o meu álbum preferido dos Suede. É, de facto, o melhor. O "We Are The Pigs" tem para mim um significado especial porque representa o culminar de um fascínio em crescendo desde os primeiros sons que ouvi destes 'beautiful ones'.
Só por isso escolhi este tema para o post. Primeiro até tinha pensado no "So young"...
Antes ter comportamentos indignos ao som de "Trash" do que de "She's in fashion" :)
Abraço
Nunca tinha visto o video. Obrigada!
Grande lembrança! O segundo disco foi sempre injustiçado pelo público, mas os verdadeiros fãs têm-no sempre em boa conta. Destaco os singles, o "Heroine" e o "The Power", para além dos lados B de "We Are The Pigs". Orgulho-me de dizer que os conheci através dos primeiros singles, que adquiri por importação.
Agora confesso algo: quando surgiu o álbum de estreia dos Suede, e nas raras vezes que o ouvia em público, dava por mim a imitar os trejeitos do Brett Anderson. Shame on me!
Os 2 primeiros discos são muito bons. E podia-se escolher muitos dos singles daí extraidos, como já referiram.
Realmente o "We Are The Pigs" tem um encanto que é realçado em cada audição.
Abraço
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