Há nos Glasvegas duas características que me fazem olhá-los com alguma desconfiança: a primeira é o visual, demasiado estudado para o meu gosto; a outra é o nome que escolheram, trocadilho digno de qualquer banda de bares perdida no Portugal profundo . Quanto ao que realmente interessa - a música, obviamente -, a estreia homónima do quarteto de Glasgow é uma amálgama bem urdida (e bem produzida) das sonoridades que caracterizam a produção musical escocesa do último quarto de século, onde nem sequer falta a abordagem às temáticas sócio-políticas habituais nas bandas britânicas não-inglesas. Daí resultam canções de um dramatismo épico, com refrões que se colam aos tímpanos com demasiada facilidade.
Com a aprovação de Alan McGee, antigo patrão da Creation Records e figura influente no panorama indie britânico, e com uma campanha de promoção eficaz, foi com mais ou menos susrpresa que Glasvegas escalou aos lugares cimeiros do top de vendas do Reino Unido. Sem querer ser o arauto da desgraça, no futuro, ainda quero ver como os Glasvegas aguentam a pressão do sucesso tão prematuro...
Ainda que por aqui falte em originalidade o que sobra em bom-gosto, digam lá quem são os acólitos das sonoridades indie mais ortodoxas que conseguem resistir a esta pronúncia tão característica do povo das highlands:
Com a aprovação de Alan McGee, antigo patrão da Creation Records e figura influente no panorama indie britânico, e com uma campanha de promoção eficaz, foi com mais ou menos susrpresa que Glasvegas escalou aos lugares cimeiros do top de vendas do Reino Unido. Sem querer ser o arauto da desgraça, no futuro, ainda quero ver como os Glasvegas aguentam a pressão do sucesso tão prematuro...
Ainda que por aqui falte em originalidade o que sobra em bom-gosto, digam lá quem são os acólitos das sonoridades indie mais ortodoxas que conseguem resistir a esta pronúncia tão característica do povo das highlands:
"Geraldine" [Columbia, 2008]
5 comentários:
Absolutamente de acordo! Estranho apenas o facto de uma banda "apadrinhada" por Alan McCgee não apresentar sinais de conflitualidade a cada momento mediático! Deve ser da idade... do Alan!
Não me cativaram. Não são maus de todo mas não consegui encaixar com a produção algo polida.
Por acaso gostei muito do disco, para mim é uma das melhores estreias do ano. Fazem-me lembrar uns Doves mais psicadélicos com sotaque escocês.
Mas tens toda a razão sobretudo quanto ao nome - um trocadilho assustadoramente idiota.
A mim fazem-me lembrar milhentas coisas, quase todas recomendáveis. Pena a tal produção demasiado polida. Mas até gostei ao ponto de ter comprado este single.
Abraços
Já me rendi, apesar da falta de originalidade e do trocadilho idiota.
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