RED HOUSE PAINTERS "I Am A Rock" [4AD, 1993]
(Original: Simon & Garfunkel (1966)]
Apesar de gozarem de um culto desmedido no nosso país, os Red House Painters (RHP) nunca geraram paixões exacerbadas neste que vos escreve. No espectro do chamado slowcore, encontrei motivos de interesse noutras coordenadas. Da relativamente extensa obra que deixaram gravada, a minha predilecção recai sobre uma versão. Aliás, como saberão os mais atentos, as versões têm sido uma constante nos vários projectos com presença do líder Mark Kozelek. A interpretação de "I Am A Rock" pelos RHP é de facto uma canção tocante, daquelas que não deixam ninguém indiferente, com a voz de Kozelek a projectar-se para níveis estratosféricos. Por sinal, bem superior ao original (ou melhor, à versão definitiva, já que este tema foi alvo de uma gravação prévia assinada apenas por Paul Simon), uma singela e compostinha cançoneta electro-acústica naquela toada "seminarista" que é a marca d'água do trabalho conjunto de Paul Simon e Art Garfunkel.
5 comentários:
Durante alguns anos (talvez por volta dos meus 17/18 anos), o segundo disco dos Red House Painters (aka Rollercoaster) era o meu disco preferido. Sempre que alguém me perguntava qual o meu disco preferido a resposta era sempre esse disco. E, no entanto, a restante discografia dos senhores aborrecia-me ligeiramente. Era só mesmo aquele disco. Ainda hoje, deles, para mim, só me interessa esse disco. Uma espécie de versão country do Closer dos Joy Division. E country aqui numa leitura mais alargada do género de considerar o Closer punk (pode ser que alguém me consiga perceber).
E agora fiquei com vontade de voltar a ouvi-los.
O registo de Mark Kozelek é muito constante e algo monótono, concordo. No entanto, também acho que o "Rollercoaster" é um disco muitíssimo bom, o qual ouço com alguma regularidade, embora nem sempre com vontade de ir com ele de fio a pavio. E quanto a RHP, Mark Kozelek ou Sun Kil Moon, ficamos por aqui!
Um abraço e bom regresso a estas lides.
por acaso acho mais piada à versão dos Kiss do "Shock me".
Desde então tem sido um chorrrilho de versões algo insabidas, como foi o caso das dos Modest Mouse.
Também não está nada má essa dos Kiss.
Tens toda a razão em relação a estes versões mais recentes. Aquilo é vira-o-disco-e-toca-o mesmo. Ouvi recentemente uma versão que ele fez dos Hüsker Dü e não a distingui das milhentas canções que deve ter editadas.
Uma excelente versão na melhor fase dos RHP - o ano de 1993, com a edição de dois discos homónimos - que parece consensual.
Abraço
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