VIVA VOCE Rose City [Barsuk, 2009]
Com a adição de dois novos membros, os Viva Voce contam pela primeira vez em mais de dez anos de história com colaborações exteriores ao casal Kevin e Anita Robinson. Composto e produzido pelos próprios num curto período de tempo, Rose City reflecte simultaneamente urgência e espontaniedade, embora muitos dos temas ostentem claras preocupações melódicas. Equidistantes entre o flower power e o shoegazing, parecem ter perdido o poder lisérgico de outrora. [7]
GRIZZLY BEAR Veckatimest [Warp, 2009]
Se Yellow House (2006) era fechado sobre si, e em certa medida até opressivo, o novo disco expõe os Grizzly Bear à vastidão dos espaços abertos. Com arranjos sumptuosos, especial ênfase no detalhe, e queda para a harmonia, Veckatimest poderia ter sido criado pelos primos "campónios" dos Beach Boys da melhor safra. Em parte, estas belas melodias têm o mesmo poder de sedução dos Fleet Foxes, embora menos imediatas mas, potencialmente, mais perenes. [8,5]
DINOSAUR JR. Farm [Jagjaguwar, 2009]
Logo na abertura com "Pieces" somos confrontados com um riff monstruoso. Porém a melodia é suficientemente catchy. Estamos, portanto, em território dinossáurico. Ao longo de Farm, a formação original renovada desta mítica banda ostenta uma pujança e uma coesão capazes de fazer inveja a muita banda com menos vinte anos de vida. A confiança readquirida faz com que se aventurem por peças altamente estruturadas capazes de ir até ao sete/oito minutos de duração. Como sinal da cicatrização das feridas do passado (há até um tema intitulado "Friends"!), Lou Barlow contribui pela primeira vez com dois temas dentro de um só disco. A parelha funciona como contraponto groovy às composições mais "arrastadas" de J Mascis. [9]
SUNN O))) Monoliths & Dimensions [Southern Lord, 2009]
Metade dos quatro longos temas de Monoliths... nada acrescentam àquilo que já conhecíamos do projecto com liderança partilhada por Greg Anderson e Stephen O'Malley: longas divagações drone obtidas, cortesia das baixas afinações das guitarras, e mantras guturais quase imperceptíveis. Já a liturgia negra de "Big Church", tanto faz lembrar algumas das experiências do minimalista Steve Reich, como muitos dos clichés do black metal. Bem melhor é o instrumental e cinemático "Alice" que, ao integrar teclados, cordas, e sopros, poderá apontar algumas pistas para o futuro. [7,5]
caUSE co-MOTION! It's Time! - Singles & EPs 2005-08 [Slumberland, 2008]
Enquanto não chega o álbum de estreia, It's Time! é uma recomendada porta de entrada no universo deste quarteto nova-iorquino, mais um que escava fundo nas memórias do indie pop canónico. Ao todo, são catorze temas quase indistintos em pouco mais de vinte minutos. Têm a naïvitée dos Television Personalities, a doçura dos Pastels, e até a rudeza dos Wedding Present. Porém, de futuro, pede-se-lhes um pouco mais de variedade. [7]
Com a adição de dois novos membros, os Viva Voce contam pela primeira vez em mais de dez anos de história com colaborações exteriores ao casal Kevin e Anita Robinson. Composto e produzido pelos próprios num curto período de tempo, Rose City reflecte simultaneamente urgência e espontaniedade, embora muitos dos temas ostentem claras preocupações melódicas. Equidistantes entre o flower power e o shoegazing, parecem ter perdido o poder lisérgico de outrora. [7]
GRIZZLY BEAR Veckatimest [Warp, 2009]
Se Yellow House (2006) era fechado sobre si, e em certa medida até opressivo, o novo disco expõe os Grizzly Bear à vastidão dos espaços abertos. Com arranjos sumptuosos, especial ênfase no detalhe, e queda para a harmonia, Veckatimest poderia ter sido criado pelos primos "campónios" dos Beach Boys da melhor safra. Em parte, estas belas melodias têm o mesmo poder de sedução dos Fleet Foxes, embora menos imediatas mas, potencialmente, mais perenes. [8,5]
DINOSAUR JR. Farm [Jagjaguwar, 2009]
Logo na abertura com "Pieces" somos confrontados com um riff monstruoso. Porém a melodia é suficientemente catchy. Estamos, portanto, em território dinossáurico. Ao longo de Farm, a formação original renovada desta mítica banda ostenta uma pujança e uma coesão capazes de fazer inveja a muita banda com menos vinte anos de vida. A confiança readquirida faz com que se aventurem por peças altamente estruturadas capazes de ir até ao sete/oito minutos de duração. Como sinal da cicatrização das feridas do passado (há até um tema intitulado "Friends"!), Lou Barlow contribui pela primeira vez com dois temas dentro de um só disco. A parelha funciona como contraponto groovy às composições mais "arrastadas" de J Mascis. [9]
SUNN O))) Monoliths & Dimensions [Southern Lord, 2009]
Metade dos quatro longos temas de Monoliths... nada acrescentam àquilo que já conhecíamos do projecto com liderança partilhada por Greg Anderson e Stephen O'Malley: longas divagações drone obtidas, cortesia das baixas afinações das guitarras, e mantras guturais quase imperceptíveis. Já a liturgia negra de "Big Church", tanto faz lembrar algumas das experiências do minimalista Steve Reich, como muitos dos clichés do black metal. Bem melhor é o instrumental e cinemático "Alice" que, ao integrar teclados, cordas, e sopros, poderá apontar algumas pistas para o futuro. [7,5]
caUSE co-MOTION! It's Time! - Singles & EPs 2005-08 [Slumberland, 2008]
Enquanto não chega o álbum de estreia, It's Time! é uma recomendada porta de entrada no universo deste quarteto nova-iorquino, mais um que escava fundo nas memórias do indie pop canónico. Ao todo, são catorze temas quase indistintos em pouco mais de vinte minutos. Têm a naïvitée dos Television Personalities, a doçura dos Pastels, e até a rudeza dos Wedding Present. Porém, de futuro, pede-se-lhes um pouco mais de variedade. [7]
2 comentários:
Da safra mostrada, apenas tenho o dos Grizzly Bear que acho um disco verdadeiramente inspirado. Curioso que não sendo um amante de Beach Boys acho que a música mais inspirada que se tem feito nestes últimos tempos parecem ressuscitações dos ditos no presente século... De facto, o mundo dá muitas voltas!
Veckatimest é um forte candidato ao melhores do ano.
Abraço
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