"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ao soar do gongo

 



Sam Coomes foi em tempos membro dos Heatmiser, a banda aparentada ao grunge onde militava um tal de Elliott Smith. Janet Weiss foi durante largos anos baterista das saudosas Sleater-Kinney, e é actualmente integrante dos Jicks, a banda que acompanha Stephen Malkmus. Em 1993, o casal fundou os Quasi, visto durante muito tempo como uma espécie de projecto paralelo de ambos. O que é certo é que, passados todos estes anos, e apesar do rompimento do laço conjugal, os Quasi ainda por cá andam e acabam de lançar novo disco. American Gong é já o oitavo álbum de originais de uma carreira pautada por um certa discrição, e o primeiro gravado com a baixista Joanna Bolme, companheira de Weiss nos Jicks.
Quero confessar-vos que sempre achei que faltava algo aos Quasi para que se destacassem no meio do pelotão das bandas indie-rock norte-americanas. Esse algo parece finalmente suprido por American Gong, um disco em que Coomes tira partido desta nova nova composição da banda, assumindo-se agora como o líder de um power-trio obcecado por um certo soft-rock com travo setentista, mas que não enjeita aventurar-se por territórios da psicadelia e do garage. As guitarras, bluesy, sujas, e propiciadoras de riffs contundentes, têm desta feita primazia sobre os teclados, ainda assim com algum destaque em alguns dos temas mais mid-tempo. Mais diluídas estão as aproximações ao universo dos Flaming Lips do passado recente,  apesar da presença em estúdio de Dave Fridmann, responsável pela produção dos trabalhos de Wayne Coyne & C.ª há mais de década e meia.


"Repulsion"
[Kill Rock Stars, 2010]

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